segunda-feira, março 31, 2008

Paris - Dia 2 (II)

O próximo ponto de paragem foi Les Invalides. É um museu do Exército, onde se pode apreciar alguns dos instrumentos utilizados pelos franceses nas guerras. Ao longo de todo o edifício estão penduradas placas de homenagem aos franceses e aos estrangeiros que combateram por França. Uma enorme estátua de Napoleão está exposta num dos varandins do edifício como que o protegendo.



Depois de um almoço revigorante, a caminhada prosseguiu rumo a Montparnasse. Estávamos a poucos quarteirões do edifício urbano mais alto de Paris. Esteticamente não tem nenhum atractivo, mas permite uma vista soberba sobre a cidade. Os visitantes podem subir até ao 56º andar, onde há um confortável e resguardado espaço de lazer com café e recordações, ou até ao 59º, o topo do edíficio realmente, através de escadas. Lá, somos só nós e o céu a contemplar mais uma vista fantástica da cidade.



Logo após uma breve visita às famosas Galerias La Fayette, e dado que as pernas começavam a franquejar, metemo-nos no metro, usando uma das mais conhecidas estações francesas: Montparnasse... E, meu Deus, que corropio de pessoas! O destino eram os Jardins do Luxemburgo, onde está situado o Senado francês (Palácio do Luxemburgo). É impressionante a área que os jardins ocupam mesmo no centro da cidade. Por curiosidade, seguimos depois para a Igreja de Saint-Sulpice, mencionada n'O Código Da Vinci.



O dia terminou na Île de la Cité numa visita à Catedral de Notre-Dame. Antes, porém, tivemos de passar pela péssima experiência de andar de autocarro. Ninguém controla quem tem bilhete, todos se empurram e não há o mínimo de educação... Podem acreditar: é pior do que cá!! Quanto a Notre-Dame, é simplesmente grandiosa rodeada de vitrais fantásticos e capelas que espantam qualquer um. Perto do altar principal, numa zona lateral, uma homenagem à heroína francesa Joana D'Arc.



De regresso ao nosso hotel, aproveitem para tirar umas fotos à zona onde estávamos alojados: o quartier Latin. É conhecido como sendo um dos mais movimentados e boémios e, na minha opinião, é completamente verdade. Havia movimento a qualquer hora, havia bares e as pessoas reuniam-se em pequenos grupos para verem artistas de rua dançarem... Era um espectáculo!


O passeio turístico do segundo dia começou pelo monumento mais emblemático da cidade-luz: a Torre Eiffel. Infelizmente, só estive perto dela, já que optei por não subir. Aqueles arames e o ver-se cá para baixo fazem-me alguma confusão ao sistema nervoso. Mesmo assim, em baixo, no meio ou em cima, a Torre é simplesmente especial...


Depois de quase duas horas de espera, já que o meu pai, a minha irmã e o Hugo foram ao topo da Torre, prosseguimos caminho junto ao Sena para passarmos por algumas das suas pontes mais famosas. Primeiro, estivemos junto da Ponte D'Alma, conhecida sobretudo por ser junto do túnel onde a Princesa Diana morreu; seguimos, depois, para a Ponte Alexandre III que liga Les Invalides aos Campos Elísios. Proporciona-nos uma vista fantástica sobre o rio, com a Torre Eiffel ao fundo, e dos Invalides.


quinta-feira, março 27, 2008

Prenda venenosa

Como se sabe que estamos perto de eleições? Sabemo-lo quando ouvimos o Primeiro-Ministro anunciar medidas como a redução do IVA ou de outros impostos. José Sócrates tomou essa liberdade, preparando o seu caminho para a vitória em 2009. Não se abram sorrisos largos, caros concidadãos. Na prática, a diminuição do IVA de 21% para 20% não nos beneficia em nada. Os preços manter-se-ao na mesma e, muito provavelmente, com tendência para o aumento de algumas despesas. Como sabem, o petróleo e a Euribor continuam sem dar tréguas.

Esta medida governamental é só um piscar de olho para os eleitores. Tal como Marcelo Rebelo de Sousa disse, no passado domingo, espera-se uma campanha eleitoral de ano e meio quase. Já imaginaram a seca que vamos ter de aguentar? E tudo para que o "nosso" Engenheiro consiga amealhar mais uns trocos. Já não há pachorra para tanta pouca vergonha. Em prole dos cidadãos faz 0, a favor dos políticos/poleiro faz-se tudo.

O que me irrita mesmo não são estas medidas. Quer dizer, também são, porque ao anunciar as coisas com esta simplicidade, o PM quer fazer dos contribuintes parvos. Mas, o que me apoquenta mesmo é saber que, provável e inevitavelmente, Sócrates vai continuar no poder. Afinal, à esquerda, à direita ou ao centro não existem alternativas credíveis que nos façam mudar... Estamos continuamente à espera de um milagreiro!

Para vocês, quem poderia ser o nosso D. Sebastião? (mesmo que nunca seja possível...)

terça-feira, março 25, 2008

Paris - Dia 1 (II)

As pernas já tremiam de tanto andar, mas estando tão perto do Arco do Triunfo não podíamos ir embora. Faltavam-nos as forças, mas todos conseguímos arranjar algumas para subir até ao topo de um dos mais lindos monumentos franceses, também ele dedicado aos feitos de Napoleão. Do Arco do Triunfo, também conhecido por A Estrela, partem 12(!) avenidas e só isso dá uma ideia do movimento que por lá passa. O Arco do Triunfo é também uma homenagem ao soldado desconhecido da 1ª Guerra Mundial. E vocês nem imaginam a visão que permite sobre a cidade... É um privilégio.



Fez sábado uma semana que, de carro, parti à descoberta de Paris com o Hugo e os meus pais. De todos, eu era a única que só conhecia a cidade através de fotografias. Depois de umas breves passagens por Bordéus e Poitiers, chegámos a Paris ao final da tarde de domingo. Primeiro objectivo: conhecer o hotel; segundo, encontrar um bom sítio para guardar o carro. Tudo foi feito e cedo caímos na cama, extenuados da viagem e conscientes de que, no dia a seguir, íamos estar sempre a andar... a andar...
Acordámos cedinho na segunda-feira e saímos do hotel eram 9h (8h cá). Tínhamos esboçado um plano do dia e a primeira paragem foi o conhecido bairro francês MONTMARTRE. O local é um exemplo vivo da vida boémia francesa, onde artistas de rua se juntam e tentam cativar turistas. Nesta zona, destacam-se dois sítios: a Basílica do Sacré Coeur e o Moulin Rouge. A primeira fica no ponto mais alto da cidade e a sua grandiosidade impressiona qualquer turista; o segundo, é um dos mais famosos cabarets do mundo e está associado à boémia francesa.



Seguimos depois para o centro da cidade. Usando a extensa rede de transportes francesa, chegámos à Opera Nacional. Lá dentro, muitas pessoas aguardavam para entrar e nós seguimos-lhes o exemplo. Valeu a pena... Palco de grandes óperas, como, por exemplo, "A Dama das Camélias" ou "O Fantasma da Ópera", o espaço, inclusive a zona de espectáculos, é enorme e recheado de salões com frescos indescritíveis.




Depois de quase duas horas dentro da Ópera, voltámos um pouco atrás até ao cemitério de Père Lachaise. Era impossível vê-lo todo porque entre famosos e gente comum, o espaço devia ocupar cerca de um quarteirão (ou mais). Entre outros, lá estão sepultados Jim Morrison (era um desejo do Hugo rever a campa do vocalista dos The Doors), Oscar Wilde (a minha irmã é uma confessa adepta deste escritor) e Chopin.



Almoçamos por volta das 15h, mas nem nessa altura demos descanso às pernas. Regressámos para perto da Ópera para conhecer a Igreja de St Madeleine. Era enorme e lá dentro a simplicidade das suas pequenas capelas fascinava. Tal como noutras Igrejas que já tínhamos visitado em Bordéus e Poitiers, não existiam bancos corridos para as pessoas se sentarem, mas, sim, cadeiras unidas.



À saída da Igreja, o destino era claro: as praças de Vendôme e da Concórdia, já que está era no final da rua, com uma breve passagem pelo Jardim das Tulherias. A primeira era uma recordação de Napoleão, com todos os seus feitos trabalhados numa coluna; a segunda é um dos obeliscos mais conhecidos do Mundo e o começo da mais famosa avenida da cidade-Luz: a Av. dos Campos Elísios. Aí, o movimento era impressionante e a avenida parecia nunca mais ter fim. Era palácios de um lado, estátuas do outro, lojas ali, casas de personalidades famosas acolá... A máquina fotográfica não parava de disparar.


quarta-feira, março 12, 2008

Quem nunca peca, que atire a primeira pedra

Desengane-se quem pensa que só é pecado a gula, a inveja, a ira, a luxúria, o orgulho, a avareza e a preguiça. Os tempos mudaram e a Igreja decidiu actualizar-se (coisa nova...). Surgiram seis novos pecados: pedofilia, poluição do meio ambiente, aborto, tráfico de droga, riqueza desmesurada e manipulação genética. Não queria ser maldosa, mas de quantos destes pecados os fiéis padres podem ser excluídos? Acho que de muito poucos...
A lista de pecados aumentou e tornou-se mais abrangente, mas de que é que serve mesmo?! Na prática, estes novos pecados continuam a ser tratados pela Justiça com uma ligeireza assustadora. Normalmente, o cidadão nem liga, até que um problema sério lhe bate à porta. E então a quem é que a pessoa pode recorrer? À Igreja, para excomungar o criminoso? À justiça, para lhe aplicar uma pena pequena ou suspensa? A um advogado?
Por mais que a Igreja se tente actualizar, parece nunca compreender a mentalidade dos cidadãos que a rodeiam. Esta lista de pecados é só mais uma forma de eles se entreterem com nada enquanto as pessoas se debatem para sobreviver com alguma humanidade... Haja paciência!

domingo, março 09, 2008

Come antes uma peça de fruta...

sábado, março 08, 2008

Parece que tinha olhos...

sexta-feira, março 07, 2008

A voz feminina do momento



Não gosto de fado, confesso, mas esta voz fez-me dar uma segunda oportunidade a este estilo musical. O último disco da Ana Moura, Para Além da Saudade, está uma obra-prima. Deliciem-se...

quarta-feira, março 05, 2008

Viver aos sobressaltos

Há alguma coisa neste país que não vai bem, ok, talvez haja várias, mas a de que hoje falo é a criminalidade. Estes últimos cinco dias têm sido marcados por assassinatos, mas, segundo o presidente do Observatório da Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, "são casos pontuais". Concordo. De facto, de onde é que as pessoas tiram a ideia de que Portugal é um país violento? Por causa das mortes na noite do Porto? Por causa dos assaltos a caixas multibanco ou a gasolineiras? Por causa do aumento do carjacking? É tudo reflexo de um país desenvolvido...
Eu compreendo que o senhor presidente (de uma organização que a maioria dos portugueses desconhece!) não esteja preocupado. O seu rabo está protegido e, ainda por cima, pelos polícias nacionais mais bem formados. O cidadão comum é um ser dispensável: morrem dois, mas continuam a existir eleitores suficientes para apoiar o Governo. Portugal parece-se cada vez mais com o Brasil. Existem os bairros pobres, a deliquência, a agressividade gratuita e a não-acção da polícia. Nunca se sabe se chegamos a casa à noite.
A quem se deve esta onda de violência? Há vários culpados, claro. Começando pelo Governo, que aprova leis que protegem mais os criminosos do que as vítimas; a sociedade no geral que não consegue formar uma consciência de comunidade nestes individuos, não os integrando ou incentivando a serem independentes; e, claro, a polícia. Dizem que não têm meios, mas quantos polícias têm capacidade física para combater criminosos jovens e espertos? Quantos são totalmente limpos e não aceitam uma 'ajudazinha'? Quantos pensam na missão a que se propuseram: 'proteger os cidadãos'?

Por mais que tentemos esquecer, estamos a ficar aprisionados ao medo dentro do nosso meio ambiente... Como é que a vida pode ser gozada assim?

terça-feira, março 04, 2008

No recreio...

... que é o Parlamento da Assembleia da República, Jaime Silva, ministro da Agricultura, apontou o dedo a Paulo Portas, por causa dos polémicos casos Portucale e do Casino de Lisboa: "O Dr. Paulo Portas pode ter a certeza: há coisas que não se branqueiam na cadeira do dentista."

segunda-feira, março 03, 2008

Uma ajuda para a Igreja

Quem me conhece sabe que nutro muito pouca simpatia pela Igreja Católica, ou melhor, pelos seus representantes. Contam-se pelos dedos os padres que conseguem cativar o ouvinte católico, acompanhar as mentalidades ou ir para além daquilo que é a Doutrina. A Igreja está a precisar de uma revoluçãozinha, mas, enquanto for composta por homens envelhecidos, as coisas não vão mudar.
Ontem passaram-se cinco anos sobre a morte da minha tia preferida. Parece que foi ontem, mas, infelizmente, não foi. Em virtude dessa data, fomos à missa numa tentativa de estarmos mais perto dela e de apoiarmos o meu tio. Numa celebração curta dedicada aos sete pecados mortais, o que mais me impressionou foi a postura do próprio padre.
Creio que nunca tinha visto um tão reaccionário, tão arrogante para com os seus fiéis. Mostrou-se sempre superior e não teve mesmo pejo em corrigir uma fiel que lia um texto cristão... Que vergonha! No final da homilia, surgiram quatro raparigas para recolher as contribuições da assistência... Havia lá pessoas que nem deviam ter o suficiente para comer, mas não deixaram de dar a sua moedinha. Sempre critiquei, e criticarei, estes pedidos (quase imposições) de contribuições. É de relembrar que estes senhores não pagam impostos (gostava de saber o que fazem aos salários que ganham na Católica e afins) e andam sempre com boas peças em ouro (ou de bom corte, no caso de fatos). Para que servem então a caixa das esmolas?