Para a semana, era suposto começar um dos acontecimentos nacionais do ano para mim: a Feira do Livro. Hoje, de repente, sou confrontada com a notícia de que a realização do evento se encontra em perigo. Já tinha ouvido uns zunzuns de que as coisas não estavam bem entre a APEL (Associação Portuguesa de Editores e Livreiros) e a UEP (União de Editores Portugueses), mas não esperava que chegassem a este ponto.
Com tanta coisa que tenho lido, confesso que já não sei ao certo o que tem impedido a Feira de avançar. Ambas as associações vão fazendo finca-pé, a APEL defendendo a tradição e a UEP defendendo a modernização (sobretudo pela voz do grupo editorial Leya de Miguel Pais do Amaral). O que eu sei é que a minha intenção de abrir os cordões à bolsa na Feira parece cada vez mais distante... Andei eu com tantos planos para agora acontecer isto.
Como eu, existem muitas outras pessoas que vêem a Feira do Livro do Parque Eduardo VII como um evento anual a não perder. As bancas das editoras são vistas e revistas até se encontrar as obras ideais que se pretendem comprar. Agora, tudo fica em suspenso... Ninguém sabe que rumo as coisas irão tomar. Infelizmente, tudo o que gera dinheiro origina confusões difíceis de resolver. E quem é que sai prejudicado? Na minha opinião, editores e leitores. Os primeiros vêem-se descredibilizados e perdem os lucros resultantes do evento (a Câmara Municipal de Lisboa pondera mesmo a retirada do subsídio ao certame); os segundos vêem fugir a oportunidade de comprar livros a preços mais acessíveis e de usufruir de algumas promoções literárias sempre atractivas... Ah, e para não falar de que se deixa de comer o belo do churro ou do gelado!
Escrito por:
Cristina
Etiquetas:
Actualidade,
Livros
1 comentários:
Felizmente, tudo acabou (mais ou menos) em bem. Já estive na Feira e não gosto dos pavilhões da Leya... acho que estão ali desenquadrados! Não que esteja contra a modernização dos stands, mas a mudar acho que deviam mudar todos.
By: Célia on 26/05/08, 16:57
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