terça-feira, setembro 13, 2005

De regresso

O tempo de férias acabou. Finalmente, dirão vocês... Pois, também eu.Apesar de grandes, boas e inesqueciveis, as férias tinham mesmo de acabar. Agora, sim, começa mesmo o meu último passo para a liberdade: terminar a tese. Só assim terei a licenciatura por que tanto trabalhei ao longo dos últimos quatros anos.
Para quem não sabe, o tema do meu trabalho final é o perfil de Fernando Chalana, que, nos últimos dias, se tem mostrado inacessivel. Já chateia o tlm tocar e ele não atender, já chateia nada bater com o que se programa. Ossos do ofício, eu sei, mas a paciência tem limites. O que me tem valido, confesso, são os apoios do meu namorado e da minha melhor amiga. Obrigada pela paciência. Já agora aproveito para dizer que, desde que vim de férias, já tive mais boas noticias do que aquilo que estava à espera. A vida não é tão negra assim :)
Durante as minhas férias, o furacão Katrina pregou uma valente partida ao Mr. Bush. Afinal, o homem não controla tudo. O feitiço virou-se contra o feiticeiro, apanhando, desprevenidas, milhares de pessoas. Lamentavelmente, e apesar do tamanho da tragédia, o presidente norte-americano ainda "conseguiu" rejeitar algumas ajudas... O orgulho é uma arma extremamente poderosa, sobretudo quando é mal usada! Nova Orleães vai levar muito tempo para se recompor e partes da cidade, algumas delas com elevado valor histórico, não vão mesmo sobreviver.
O furacão Katrina mostrou-nos apenas parte da força da Natureza. De facto, actualmente, perante os problemas do aquecimento global, de que resultam a quase existência de somente duas estações, o descongelamento do gelo e por ai adiante, há que repensar no nosso comportamento face ao ambiente. Todos podemos fazer um pouco, ainda que isso nos pareça pequeno, está, na verdade, a ajudar. Por exemplo, eu, este verão, fui tocada pelo processo de reciclagem. Inicialmente, aquilo parecia dar muito trabalho: isto é para o verde, isto para o amarelo, isto para o azul...ene vezes por dia, maça. Mas, faz-nos sentir que ajudamos e não nos custa mesmo nada, pois não?
Por último, fez domingo quatro anos desde os atentados terroristas de 11 de Setembro. Quatro anos de angústias, de sofrimento, de tentativas frustadas de encontrar os seus entes, de lágrimas. O dia que mudou o mundo, para muitos. Não sei se mudou o mundo, mas, muito provavelmente, consciencializou todos e cada um de nós sobre factos que julgavamos apenas possíveis em filmes. E, contrariamente ao que Americanos e Ingleses pretendiam, o mundo não ficou dividido nos bons e nos maus. O mundo é um quadro de muitas cores. Pena é que o sangue seja uma delas. Fiquem bem, viajantes.