quinta-feira, setembro 25, 2008

O peso da idade

Às vezes sinto que estou a ficar velha... Não, não é porque veja pessoas mais novas e pense que o meu tempo de adolescência/escola já se foi há muito. Nada disso. Aliás, essas coisas do tempo são sempre muito relativas. Sinto que estou a ficar velha porque cada vez mais a minha memória não dá para tudo. É verdade que tenho o péssimo hábito de ser desarrumada, mas também é verdade que tenho de "tocar vários burros" e, depois, há coisas que vão ficando pelo caminho. A última prova da minha caduquice aconteceu ontem. De manhã, lembrei-me que já não via a minha máquina fotográfica há algum tempo e, assim que cheguei a casa, pus-me à procura. Revirei tudo, procurei em sacos, desarrumei roupa, vi nos sítios mais loucos, como, por exemplo, gavetas do wc, e nada... Comecei a desesperar... Não era pela máquina em si (eventualmente comprar-se-ia outra quando houvesse necessidade), mas por não me saber organizar. Fartei-me de ligar para quem tinha estado no meu quarto desde a última vez que a tinha visto - há coisa de duas semanas. Claro que ninguém sabia e, quanto mais vezes me diziam isto, mais eu me irritava, mais vontade tinha de esmurrar qualquer coisa. Eu sei que, quando me sinto à nora, tenho muita facilidade para perder o tino e descarrego em tudo e todos. Porém, quando tudo volta ao lugar, sou a primeira a pedir desculpa...mas o erro está feito, não é?
Depois de muita procura, depois de muito stress e nervos, lá consegui encontrar a maldita da máquina fotográfica - que, por acaso, por ter andado desaparecida, só me apetecia espatifar. Estava, desde há semanas, no carro do meu primo, sem que eu ou ele tivessemos dado por isso. Durante uma viagem, tinha caído para debaixo do banco dele (condutor) e nunca mais eu me lembrei dela. Tenho mesmo de mudar esta minha maneira de ser. Para além disso, como é que eu não soube logo onde procurar? Tentava relembrar-me de onde tinha estado, mas não me conseguia... A idade não perdoa, infelizmente.

quinta-feira, setembro 18, 2008

Mais poupança, menos motivação?



Não sei como vos posso falar do meu entusiasmo actual... Estou que nem posso... E porquê?, perguntam vocês. É simples: quem é que não quer assumir novas funções no trabalho e continuar a ganhar o mesmo de sempre? Xiii, tantos braços levantados. Alguém se lembra de melhor forma de motivação no emprego? Enfim, por enquanto, acata-se e logo se vê no que isto vai dar, esperemos que tudo funcione. De repente, o meu trabalho meio aborrecido aumentou consideravelmente e não são coisas que se apre(e)ndam de um momento para o outro. Preciso de tempo, de saber mexer em novos programas informáticos, de puxar pela minha imaginação... (nesta última sou particularmente...má!). Agora sou a administrativa, a operadora do apoio ao cliente, a responsável pela nossa base de dados e pelas publicidades na Imprensa. Um verdadeiro 3 em 1 e altamente rentável à empresa, claro. Poupam-se cerca de 900€ e põe-se uma pessoa a fazer o trabalho de duas. Haja fé.... O único aspecto positivo que encontro é que, deste modo, as horas de trabalho vão passar mais depressa... Uau!

quarta-feira, setembro 17, 2008

Temos um país de medricas!

A verdade pode ser exagerada, mas é a minha avaliação depois de ter visto "O Momento da Verdade". Não queria tecer comentários antes de ver, pelo menos, uma sessão do programa. Vi ontem e, apesar de tudo o que já me tinham dito, acho que ainda me surpreendeu pela negativa. Pessoalmente, não sei quem e que família se sujeita àquela humilhação toda para ganhar uns dinheiros - e acrescento que, pelo que deram a entender, não eram nenhuns pobretões. O pai era o homem das respostas, apoiado por uma mulher toda risonha e meio tonta, uma mãe séria mas apoiante, uma filha histérica de riso e um filho que considerava que cada conceito debatido era sempre vasto...
O candidato só tinha olhos para duas coisas: dinheiro e mulheres sexy (o que quer que isso seja na cabeça dele). Provavelmente, como a grande maioria dos homens nacionais, julga-se um macho latino e esta sua presunção tornava-o logo irritante. Depois, de cada vez que lhe falavam em dinheiro, parecia que se alterava - "é muita 'grana'" era a sua expressão predilecta. Foi ao concurso para ganhar dinheiro, quanto mais melhor, mas acabou por sair de lá sem nada. Mentiu, segundo o polígrafo, embora o senhor tenha continuado a dizer que a sua resposta era verdadeira.
As perguntas foram abrangentes. Pretendia-se vasculhar a vida pessoal e profissional do senhor e conseguiu-se. Para mal dos pecados dele, não recebeu nenhuma recompensa. Surpreendeu-me em algumas respostas, mas, ao contrário do que eu pensava, para algumas pessoas, tudo vale em nome do dinheiro. O principal interesse da vida deste homem era estar bem e dar-se bem na vida, independentemente do que tivesse de fazer... Uma das primeiras perguntas: Se recebesse 250 mil €, era capaz de praticar relações homossexuais? E eis que o machão responde: Sim! A justicação: "é muita grana!". A família, essa, pareceu não se espantar e o filho defendeu-se com o facto de "relações homossexuais" ser muito vasto, mesmo tendo a Teresa Guilherme explicado de que se tratava. Próxima pergunta: Já alguma vez bateu na sua mulher? Pim! Por exigência da dita esposa, a filha carregou no botão. A resposta, mesmo não verbalizada, todos sabemos qual era e diz a esposa calmamente "há dias bons e dias menos bons". Ora, se encara o problema (porque é disso que se trata!) com esta leveza, por que não o deixou responder? A sessão continuou... "É verdade que fingiu ter um ataque epiléptico quando foi à inspecção na tropa?" - Sim! Assustava-o ter de passar logo o primeiro fim-de-semana a lavar pratos no quartel... Acho que o problema dele era mais saber que ia sujar as unhas. Este tipo não era um homem, era um rato, se avaliarmos pela sua (falta de) coragem. O programa prosseguiu, afinal, ele disse a verdade.... "Tem orgulho no seu filho?" - Não. Ui... agora as coisas começam a aquecer. Independentemente do que o filho tenha feito, filho é filho, mas o senhor não pensa assim. O filho bem tentou virar o jogo a favor dele, dizendo as balelas de que isso lhe daria mais força para melhorar, mas ouvir um pai dizer isto é duro... e triste - ainda por cima, na praça pública. O rol de perguntas continuou, mas, curiosamente, seria o filho a causa da perda do senhor neste jogo. Na pergunta "Sente rancor do seu filho por ele lhe ter destruído um carro?", o concorrente mentiu. Disse "Não.", mas o polígrafo acusou a mentira. Como é que um pai guarda rancor por isto? Mesmo sendo o melhor carro do Mundo, o que era suposto interessar ao pai era o facto do filho não se ter magoado... não?

Já deu para ver de que é feito este programa. Os ingredientes essenciais são humilhação, chafurdice, provocação e conflito. O nível dos programas de televisão está cada vez mais baixo, por isso não admira que a sociedade esteja como está. Será que ainda pode piorar?

quinta-feira, setembro 11, 2008

Na memória para sempre



Sem dar por isso, já lá vão 7 anos... Então, no dia 11 de Setembro de 2001, o Mundo mudou. Os EUA sofreram um dos maiores, senão o maior, ataque terrorista de sempre. Mesmo no coração de Nova Iorque, o World Trade Center (as conhecidas Torres Gémeas) foram atingidas por dois aviões e, pouco horas depois, colapsaram como se fossem uma pilha de cartas. Milhares de vidas foram roubadas - uns não se aperceberam sequer do que se passava, outros não quiseram esperar pela morte e ainda houve quem perdesse a vida na tentativa de salvar alguém. A devastação não era só nos EUA... A nossa "aldeia global" viveu cada momento com a mesma intensidade dramática, derramaram-se lágrimas, surgiram manifestações de apoio e consolo, intensificou-se a luta contra o Mal (o que quer que isso seja...). Uma ferida como estas não sara.

Ainda me lembro deste dia como se fosse ontem. Estava a almoçar em casa dos meus tios quando, de repente, surgem as imagens no noticiário. Vimos, em directo, o embate do segundo avião contra as Torres. Não podia acreditar tratar-se de um atentado. Estávamos a falar dos EUA, a maior potência mundial, aquele país com uma segurança impecável e sem falhas. Um acto de terrorismo bem no coração de Nova Iorque era demasiado arriscado - até para os mais loucos! O meu tio não teve dúvidas, no entanto. Era atentado! Algumas horas depois, chegou a confirmação e, pouco mais tarde, as Torres Gémeas caíram... O coração americano estava demasiado ferido para que o aço se aguentasse em pé, suportando as chamas imparáveis. As imagens ficarão para sempre na nossa memória.

Os acontecimentos que se seguiram ao atentado de 11 de Setembro não prestigiaram nem as vítimas nem a dor do povo americano. Seguiram-se perseguições desenfreadas à procura de culpados, actos de violência contra grupos de origem muçulmana e George W. Bush mostrou-se convicto na luta contra o (seu) Eixo do Mal: Irão, Iraque e Coreia do Norte. Segundo o presidente americano, estes países detinham armas de destruição maciça e mísseis, apoiavam o terrorismo (ligações a Al-Qaeda, considerada responsável pelo 9/11) e instigavam o ódio contra a América e os seus aliados. É, nesta base, que acontece a invasão ao Iraque (20 de Março de 2003) e que, mesmo após a morte de Saddam Hussein (que os Americanos tanto procuravam), se prolonga até hoje... Tratou-se de um acto contra o terrorismo ou uma tentativa de garantir mais poder ecónomico e mundial, face à reserva natural de petróleo que este país detém? As opiniões dividem-se...

Hoje, o dia é de dor nos EUA. A memória das vítimas deve ser relembrada, os actos heróicos enaltecidos. Sete anos depois, o medo, a dor, a saudade e as lágrimas continuam presentes na vida de milhares de famílias de várias nacionalidades. O Mundo mudou a 11 de Setembro de 2001... mas será que aprendeu alguma coisa?

quarta-feira, setembro 10, 2008

Como agora...



Às vezes tenho uma vontade enorme de comprar livros sem pensar naquilo que gasto. Sei que, embora depois me custe na carteira, psicologicamente vou estar mais bem disposta. É claro que isto não é uma doença, mas devia ser algo a ser estudado. Se soubessem como aprecio sentar-me na cama e olhar para os livros que tenho na estante... São os meus brinquedos, as minhas relíquias, e, de cada vez que um abandona o seu lugar, fico preocupada. Sei que sou mariquinhas com eles, mas não consigo ser diferente. Não gosto de livros com capas estragadas, não gosto de livros sublinhados, não gosto de livros enrugados. Ler é sentir os livros, sim, mas isso não invalida que os tratemos com carinho. Para que, no futuro, possam encher a nossa própria casa e ficar para gerações futuras.

terça-feira, setembro 09, 2008

Papéis trocados

Ontem, foi um tormento para chegar a casa. Primeiro, demorei quase uma hora para sair de Alfragide, depois, apanhei um comboio cheio de adolescentes completamente histéricos. Entre estes, estavam duas raparigas ridiculamente atiradiças e descaradas. Não deviam ter mais de 14 anos (!!) e estavam todas entusiasmadas por verem uns miúdos giros, mais velhos, mesmo ao seu lado. Era natural que se sentissem assim, acho... Não são normais é as atitudes que se seguíram: começaram descaradamente a galá-los, falando bastante alto numa tentativa de captar a atenção deles. Tudo foi motivo de risota, tudo foi motivo para mostrarem como se sentiam ("Ai, que 'tou com os calores!"), tudo foi motivo para anunciarem a todo o comboio o que estavam a fazer ("Para onde é que estás a olhar, X?" - os rapazes usavam calças à dread [calculam para onde elas olhavam, certo?]). Eles não esboçaram nem um ai e mantiveram-se sempre na conversa deles. Talvez tenham pensado que fossem xeliques de miúdas... mas eu não deixava de pensar: como é que as coisas mudaram tanto de há uns anos para cá? As miúdas estão umas doidas, cada vez mais soltas e, infelizmente, todos temos de presenciar estes espectáculos deprimentes e é impossível não nos sentirmos incomodadas. Ganhem juízo!

quinta-feira, setembro 04, 2008

Criminososzinhos


Augusto Cymbrom, presidente da ANAREC (Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis, apelou aos assaltantes para que se recordem que «além de prejudicarem a empresa detentora do posto estão a pôr em causa postos de trabalho».

Pensava que já tinha visto tudo, mas, como sempre, enganei-me. Não sei se hei-de rir, se hei-de chorar. No mínimo, este senhor devia ser mais ponderado quando fala para a comunicação social, caso queira manter o seu lugar no poleiro. É impressão minha ou ele está mesmo a apelar ao lado sentimentalista dos criminosos? Mas estes têm-no? Pensava que o príncipio básico para se ser ladrão era: eu quero dar-me bem com o meu golpe e que se lixem os outros. Estarei enganada? De facto, se há coisa que se sente, em Portugal, é um espirito de grupo/comunidade bastante forte. Tenho de começar a sair à rua nessas alturas....

terça-feira, setembro 02, 2008

Férias dos Cinco!

Passaram-se duas semanas e nem dei por isso... É verdade que custa regressar ao trabalho, mas não posso dizer que não aproveitámos ao máximo o nosso tempo de descanso. E, com casa no Algarve, dividindo tudo por cinco compinchas (eu, o meu amor, mano, cunhada e mana), as férias nem saem assim tão caras. Se não me engano, houve tempo para quase tudo e dezenas de fotografias são a prova disso... ou não fôssemos todos amantes dessa arte.

Jogos Olímpicos pela madrugada fora, praia ao fim da tarde, passeios à beira-mar, saltos na piscina, leitura de George R. R. Martin. Tudo regado com comidinha gostosa e gargalhadas a torto e a direito. Viagem à Isla Mágica (Sevilha) e ressacar a ver o Nélson Évora - novo campeão olímpico (que orgulho!). Leituras da Colleen McCullough ao cair da tarde, tostar ao sol e (tentar) jogar vólei na praia. Saída para as compras no shopping, noitadas com o jogo de tabuleiro "Puerto Rico" (sim, cheguei a ganhar uma vez!). Mais risadas enquanto se prepara a comida para o dia no Aquashow, loucura na Montanha Russa e nos escorregas aquáticos. Passeios a Quarteira e regresso à década de 50 (encontrámos um café mobilado de acordo...que espectáculo - prometo fotos). Aproveitar últimos raios de sol. Nostalgia do último banho e partida até para o ano...

Adorei!

segunda-feira, setembro 01, 2008

Ninguém tem dó de mim

Regressei! Como é que já passaram 2 semanas?!!
Nãooooooooooo!