quinta-feira, julho 31, 2008

Coitadinhos deles...

Ora vamos lá ver: os ciganos podem dizer o que quiserem, os outros não. Uns têm liberdade de expressão, outros são xenófobos. Já estava a estranhar que não viesse alguém em defesa da comunidade cigana. Esses pobrezinhos...! Convenhamos que, quando olhamos para eles, vemos o cidadão exemplar. Sabe que tem direitos (oh, se sabe!) e respeita ... - ai, o que é a outra parte? É compreensível, a memória não dá para tudo e há coisas que facilmente se esquecem.
Na altura dos confrontos violentos na Quinta da Fonte, decidi não me pronunciar, mas tudo tem limites. O motivo deste post foi despoletado por uma notícia do Público de hoje. A Alta-Comissária para a Imigração e o Diálogo Intercultura (que nome pomposo para um tacho!) vem a terreiro defender a comunidade cigana face a uma sentença de um juiz (noticia aqui). Se bem me recordo, não há nenhuma inverdade expressa, mas as ideias do juiz não cabem no politicamente correcto. Nesta sociedade de faz de conta, temos de andar em cima do muro (ver post acima) para não sermos postos na prateleira. Mas é impressão minha ou houve ciganos que disseram que, se voltassem à Quinta da Fonte, ou morriam ou matavam os pretos? Se calhar, ando a ouvir vozes...
Esta Alta-Comissária deve viver num mundo paralelo ao meu e ao vosso. Senão, saberia que a comunidade cigana é sustentada pelo subsídio de Reinserção Social. Arranjam esquemas, não declaram rendimentos e usam e abusam da nossa boa vontade para conseguirem ter uma vida agradável. Eu, e quase 95% dos portugueses, tal como diz a música do Ricardo Azevedo, precisamos de "virar a nossa vida de pernas para o ar" para termos um T2. Aos ciganos, oferecem-se casas novas, em Lisboa, com vista para o mar e uma renda rídicula que se dão ao luxo de não pagar. Então e os subsídios? Então e o dinheiro das feiras? Então e de quem são os carros de alta cilindrada?
Já acabou o tempo de termos pena deles. Se querem ter luxos, trabalhem por isso, como fazemos todos nós. Os meus pais sempre me ensinaram que se não há dinheiro, não há vícios. Eu não pretendo andar a suar para outros andarem a usufruir. Eu serei caridosa quando me provarem que há razões para isso. Enquanto só ouvir exigências da parte desta comunidade ("queremos novas casas", "têm de nos tirar dali") - e de outras -, não lhes darei atenção. A vida custa, não é? Eu também preferia ficar em casa ou andar com amigos na galhofa do que ter uma rotina diária. Confesso que vocês sabem o que é bom, claro.
Há quanto tempo existe este subsídio de Reinserção Social? Sinceramente, não sei, mas tenho a sensação de que não tem servido para mais nada senão alimentar os bolsos de quem o recebe. Pelo menos, no caso da comunidade cigana continuo a não ver melhorias. É ela própria que não se integra quando afasta as crianças da escola, quando decide viver em acampamentos, quando não aceita viver com outras comunidades. Não só eu que digo isto, é o que a sociedade vê.

quarta-feira, julho 30, 2008

As cores do nosso Mundo



Não gosto de meios-termos. Ou é preto ou é branco. Não gosto de quem não se sabe definir e fica em cima do muro. Depois, cai para o lado que lhe convém. Temos muitos exemplos destes em Portugal, sobretudo na política. Dizem-se frases ambíguas, contentam-se gregos e troianos e lá se vai conseguindo um tacho aqui, um tacho ali. É reforma garantida. Por que é que as pessoas não se assumem de uma vez?

sexta-feira, julho 25, 2008

Não há nada pior...

... do que acordar cheia de sono e vir no comboio a levar com a conversa de duas "intelectualóides". Hoje, calhou-me a mim, claro. Eu bem tentava ler o meu livro em sossego, mas era inevitável o ouvido escapar-me para a conversa delas. Confesso que a leitura só me estava a agravar o sono que tinha (e tenho). E perguntam-me vocês, de que é que elas falavam? De Maddie McCann. Pois é, agora com o lançamento do livro de um dos inspectores do caso, o assunto voltou à ordem do dia... e também não há verdadeiras notícias que importem, convenhamos.
As duas senhoras, aparentemente na casa dos 50 anos, vinham a comentar as últimas notícias dos jornais. Porém, decidiram ir um pouco mais além, expressando igualmente as suas teorias sobre o desaparecimento da menina inglesa. Ambas estão convictas de que a Maddie morreu no apartamento, digam o que disserem. Comentaram o facto de um dos ingleses ter tido conversas de cariz sexual junto de crianças e logo acrescentaram que "eles[os ingleses] devem julgar que isso é evolução, mas eu dava-lhe era um par de estalos". O mais engraçado foi a preocupação delas relativamente a Gonçalo Amaral, ex-inspector da PJ e autor da obra A Verdade da Mentira: "esse qualquer dia ainda o tentam matar...".
Só estando lá é que dá para imaginar o tamanho da cabala que as senhoras criaram. Eu só gostava de saber como é que alguém, às 8:30 da manhã, tem cabeça para estar a discutir estes assuntos... Se as conhecesse, sugeria-lhes um romance para acalmarem o espírito ou um soninho para sossegarem as hostes. Safa!

quinta-feira, julho 24, 2008

The Dark Night



Ontem, graças à Canochinha, pudemos ir à ante-estreia de um dos filmes mais esperados do ano - The Dark Night. Esta saga do Batman tem sido alvo de boas críticas e o entusiasmo era enorme. O filme não desiludiu. A história está muito bem construída e a interpretação de Heath Ledger, como Joker, está simplesmente fantástica. A sua marca está presente em toda a acção com requintes de loucura, diversão e ironia. Nunca apreciei tanto um vilão. Recomendo-vos!

9/10


PS1 - No final, só me perguntava como é que uma pessoa se mantém sã depois de ter interpretado uma personagem deste calibre. É pena que tenha sido a última da sua (curta) carreira.

PS2 - Obrigada, Canochinha e Chauteaufiesta, pelo jantar divertido!

segunda-feira, julho 21, 2008

Boa vida (I)

Sexta-feira à noite. Um grupo de amigos. Um conjunto de pizzas com tudo o que faz mal. Bolo de bolacha e brigadeiro. Conversas animadas. Sem horas marcadas para estar em casa. Um livro na mão. Risos a torto e a direito. Um sono relaxado.
Sábado soalheiro. Mais risota entre amigos. Sem pressões de trabalho. Bom ambiente na piscina. Água fresquinha. Palhaçadas na água. Jogo do Benfica à noite.

Era possível o fim-de-semana ter sido melhor?

sexta-feira, julho 18, 2008

Faltou um bocadinho assim...



É a sina dos portugueses. Nomeados para tudo e mais alguma coisa, mas prémios nada. O suposto melhor jogador do Mundo, Cristiano Ronaldo, não conseguiu vencer a estatueta de melhor atleta internacional para o canal ESPN. Aquele que é tão bom, que é apelidado de novo Rei (tens de comer muita sopinha...), foi superado por Rafael Nadal. Tenis 1 - Futebol 0!

Foi um prémio merecido. O tenista tem estado em evidência e, nos momentos decisivos (Roland Garros e Wimbledon), não tem falhado. Já do Cristiano não se pode dizer o mesmo. Continuo a perguntar-me onde é que ele ficou quando a selecção nacional foi para a Suiça... Mas ele é bom, o melhor, dirão os jornalistas portugueses.

Nós, portugueses, temos um grave problema. Aposto que há solução, mas ainda não foi descoberta e acho que demora. Ou criticamos em demasia os nossos talentos, ou idolatramo-los como deuses. Por que não há um meio-termo?

Odeio quando vejo alguém a deitar coisas para o chão. É porco! Não fazem isso em casa, então por que é que fazem num espaço que não é só deles? Apetece-me enviar-lhes o lixo pela goela abaixo, quase literalmente, para que percebam o mal que nos fazem a todos. Porém, o que mais me irrita desse lixo são as pastilhas... Colar-se uma pastilha à roupa ou ao sapato tira-me do sério porque sinto os meus passos pegajosos, mesmo que, entre a minha pele e o chão, estejam uma meia e uma sola grossa.
A pastilha dá trabalho a tirar, sim senhor. Entranha-se e, quanto mais se anda, mais ela se cola e dificulta a nossa tarefa. Temos de arranjar algo para esfolar a sola e é um trabalho nojento. Se algum dia apanho alguém a cuspir a pastilha, ai, ai... Mas será que já não há educação? (sim, ontem pegou-se-me uma ao sapato...)

sexta-feira, julho 11, 2008

O nosso futuro


Costuma-se dizer que "quem casa, quer casa". Pois bem, é esse o nosso caso, apesar de não termos uma mão cheia de recursos. Delineámos os nossos planos e, no início de 2008, começámos à procura do nosso cantinho. Os fins-de-semana têm sido quase todos gastos assim, dado que, durante a semana, devido aos nossos trabalhos (o meu a duplicar), não temos grande disponibilidade.

Já fomos ver T2 à Malveira, ao Algueirão, a Mem-Martins, ao Vale das Andorinhas, ao Cacém, a Rio-de-Mouro, ao Casal da Cavaleira... Talvez tenhamos ido até a outros sítios, mas, sinceramente, já não me recordo. Já vimos de tudo: novos e usados, giros, agradáveis, estranhos e feios. A variedade é muita, a paciência é que nem tanto.

Claro que, como todos os jovens, o meu sonho passava por termos uma casa nova, mas, infelizmente, nem sempre isso é possível. É preciso sabermos moldar os nossos sonhos à nossa realidade e, verdade seja dita, até temos encontrado casas adequadas ao nosso gosto. Acima de tudo, sei que, quando A casa surgir, seja ela qual for, será o nosso cantinho, o nosso espaço e estaremos juntos. É o primeiro passo nas nossas vidas!

A casa, contudo, será só o ponto de partida. Depois virão os preparativos para o casamento (civil e simples, de preferência), a decoração da casa, a compra de mais enxoval. Os últimos retoques. Faremos tudo juntos, talvez seja demorado chegarmos a um consenso, mas conseguiremos. É assim a vida a dois, com momentos bons, maus, complicados e hilariantes.

terça-feira, julho 08, 2008

À Benfica!

Na semana passada, recebi uma pequena surpresa da minha cunhada. Duas camisolas do Nuno Gomes, em modelos diferentes, usadas por ele. Não, não gosto do Nuno Gomes por ser um sex-symbol (apesar de ser engraçadinho), mas, sim, porque é um verdadeiro benfiquista, um último reflexo da nossa mística... Como é que podia não ficar completamente alegre? É verdade que a camisola é tipo um XL, mas nem que arrastasse no chão eu deixaria de a usar na Catedral!

quinta-feira, julho 03, 2008

Porquê?

Muleta, s.f: bastão, forcado ou bengala a que se apoiam os trôpegos e os coxos para andar. (definição na priberam)

Então alguém me explica por que é que as pessoas que as têm nunca as usam verdadeiramente? Encaram-nas como acessórios quando deviam estar a tirar partido delas para se movimentarem melhor, para recuperarem de lesões mais rapidamente... Será que se sentem vítimas de algum preconceito social?