segunda-feira, maio 28, 2007

Um novo jogador.

O futebol é um submundo fértil. Nele nascem ídolos, a partir dele se constroem impérios, com ele se desenvolve a corrupção (e todos os males que daí advêm), nele proliferam os chamados metrossexuais. Eis o novo jogador de futebol. Perdeu-se o futebolista másculo, viril, duro para termos agora um futebolista delicado, preocupado com a sua aparência e cada vez mais efeminizado.

Pessoalmente, gosto de ver um jogador cuidado, mas não em demasia. Um homem é um homem, uma mulher é uma mulher. Não consigo compreender quando é que se deram estas mudanças tão drásticas de comportamento. Porventura, muitos dos actuais futebolistas seguem o exemplo de Figo e de Cristiano Ronaldo, o expoente máximo da metrossexualidade. Caem no esquecimento, os Eusébios, os Chalanas, os Gomes, os Semedos, os Damas, os Oceanos... Jogadores viris, ossos duros de roer que, enquanto jogadores, não cederam à tentação dos anéis, dos fios, dos brincos, dos cortes da moda...

Este post, que parece completamente a despropósito, surge por causa de reportagens que vi esta tarde. Curiosamente (e para quem me julga facciosa) visavam os três grandes nacionais: Benfica, Sporting e Porto.



Regressados da América, os encarnados chegaram hoje, ao aeroporto de Lisboa, liderados por um Rui Costa todo estiloso. Barba feita e cuidada, cabelinho todo ajeitado e com uns óculos de sol todos fashion. É inegável que se rendeu à moda italiana. Rui Costa nunca surge com a roupa desalinhada, com roupa banal: ele é um modelo futebolístico e não só... e vende! Porém, no Benfica, outros há que substituíram o cheiro do suor pelos perfumes mais delicados, que se renderam à depilação, aos cortes da moda, aos fatos de alta costura, aos cremes e às pouchets!!

No Sporting, modelos é o que não falta. Yannick Djaló e Miguel Veloso são os mais notórios, sobretudo pelos diversos penteados que apresentaram durante a época. Qual é o jovem que hoje não se sente tentado a experimentar? Talvez se começarem pelo cabelo, possam ter tanto sucesso como eles...

Lá para o Norte, a estrela dá pelo nome de Ricardo Quaresma. O ‘cigano’ faz de tudo para mostrar que está na moda: muda de penteado constantemente, surge sempre bem vestido e com as marcas bem à vista, usa brincos (enormes) em ambas as orelhas e põe anéis em vários dedos. Não pode passar despercebido... também não havia como, dado o brilho que carrega LOL. Ontem, enquanto concedia uma mini-entrevista, Ricardo Quaresma fazia de tudo para mostrar as suas mãos. E porquê? Nelas estavam dois anéis gigantescos de diamantes (se não era de diamantes, pareciam). É uma forma de ostentar a sua riqueza... Pouco discreta, é certo, mas prática.

Se estes comportamentos não mudam, qualquer dia, quando se der uma disputa entre duas equipas, vemos os jogadores a puxarem os cabelos uns aos outros e a gritarem: “Estúpida!”... O que será feito então do futebol?

2 comentários:

Concordo contigo em alguns exageros que há por parte de alguns jogadores. Mas hoje em dia, não só os jogadores gostam de se vertir bem ou ter boa aparência. São as novas tendências. As pessoas gostam de "parecer" bem à vista dos outros.
Enfim, são gostos...

Genial! Adorei o post!
E realmente tens toda a razão! Os Jogadores estão a ficar uns "mariquinhas pé de salsa", que têm de ser apaparicados, quando no fundo, o que realmente precisam é de correr muito e chutar bem a bola! Parece-me que com isso não estão preocupados!
E ganham eles tant dinheiro!
Falta é a lembrança dos tempos em que eles jogavam por dois tostões furados e ganhar era a única consolação!