sábado, junho 16, 2007

Obras de hoje e de sempre

Respondendo ao desafio da Constelação das Estrelas, eis as últimas cinco obras que me passaram pelas mãos. Ultimamente, nem sei o que se passa comigo para andar nesta azáfama de letras e histórias. Termino um e tenho logo outro para começar, embora, muitas vezes, espere uma manhã/noite para iniciar nova aventura.

- Conde d'Abranhos, de Eça de Queiróz - A crítica social volta a ser bastante actual e muito engraçada de ler. Adoptou um estilo diferente de criticar, elogiando. Divertido e um retrato passado, presente e futuro da nossa sociedade. Vale a pena ler.
- Caffe Amore, de Nicky Pellegrino - Um romance muito interessante que nos mostra as dificuldades de ser mulher numa Itália rural e conservadora. A vontade de ser feliz e de casar por amor esbarra numa família rígida e bruta. A protagonista é um exemplo de coragem. As emoções ficam à flor da pele a cada página que se lê.
- Deixei o meu coração em África, de Manuel Arouca - Um romance interessante misturado com casos da História Nacional. Os tempos rígidos de Salazar, a Guerra colonial e a força de um amor que ultrapassa tudo isso até chegar aos dias de hoje. Começa de forma meio estranha, mas depois não há como parar de o ler. As boas descrições do autor faz com que estejamos em África, em Lisboa, no Norte, juntamente com as personagens. Um amor eterno.
- A Morgadinha dos Canaviais, de Júlio Dinis - É um livro estilo Eça de Queiróz. Pontuado com várias críticas à sociedade morgada daquele tempo. Um amor que enfrenta barreiras sociais, estigmas e interferências de terceiros. O autor é narrador, mas participa também quase como comentador, indicando-nos o caminho a seguir no rumo da história.
- Fortaleza Digital, de Dan Brown - Para mim, é, de todos dele, o mais fraco. Mostra-nos o poderio americano e o que estes são capazes de fazer para proteger segredos e o seu país. Peca por falta de suspense, embora compense isso com mais descrições e mais romance. Dá-nos a conhecer mais uma instituição americana que muitos nem conhecíamos. É o reflexo do provérbio: 'O segredo é a alma do negócio'.

Como sou uma apaixonada dos livros, houve alguns que me marcaram, seja pela altura em que os li, seja pela sua história: Os Maias, de Eça de Queiróz; Dois anos de Férias, de Júlio Verne; Os últimos dias de um condenado, de Victor Hugo; A Filha do Capitão, de José Rodrigues dos Santos; Norte e Sul, de Júlio Verne; Só o Amor é real, de Brian L. Weiss; A Papisa Joana, de Donna Cross.

Neste momento, estou a ler Os Filhos da Droga, de Christiane F. Há muito que ouvia falar do livro, mas só agora me dediquei a ler. Apesar de não apreciar muito a escrita, o tema é interessante e cativa-me. Parece que também vai ser lido de uma assentada. Boas leituras!

2 comentários:

Ainda não li todas as tuas escolhas.
O Conde de Abranhos não li! Já li quase todos do Eça mas esse não!!!
O "Deixei o meu coração em África parece-me escelente!". E o Júlio Dinis tenho aqui "Uma família Inglesa" para ler!

Quanto ao Caffé Amore, tenho de admitir que não gostei muito. A história podia ter sido mais bem aproveitada. E quanto À Fortaleza digital, concordo absolutamente contigo: demasiado Hollywood! É esse e a Conspiração. Nada que chegue aos calcanhares dos Anjos e Demónios e do Código.

Já li os Filhos da Droga. Duas vezes.
É triste como não podia ser mais. Mas que abre muito os olhos, lá isso abre. É tão desolador ver toda aquela degradação...

Obrigada por teres aceite o desafio. És sempre bem-vinda à Constelação! ;)

Cristina, há uns tempos comecei a ler "A Morgadinha dos Canaviais" e não acabei, porque entretanto surgiu outro livro qualquer que tinha vontade de ler! Mas tanto esse como mais 4 ou 5 do Júlio Dinis continuam na estante dos meus pais à espera para serem lidos:)

Do Dan Brown, tenho para aqui a Conspiração para ler... Já li o Código da Vinci e os Anjos e Demónios e gostei bastante.

Eça de Queiroz é muito bom! Já li Os Maias, O Crime do Padre Amaro e O Primo Basílio... E de novo, a restante colecção está na estante dos meus paizinhos à espera:))

Por fim, uma palavra sobre o livro que andas e ler... Já li e como diz a Miss, é realmente triste. Dá para nos apercebermos da degradação que a droga provoca nas pessoas.