quarta-feira, janeiro 16, 2008

Quem diz a verdade...

Começo este meu post com um mea culpa: sim, eu tenho um problema com a Carris e com alguns velhos. Porém, é da primeira que vou falar. No episódio de hoje, fui só espectadora, uma espectadora concordante e animada. Sim, porque o que se disse, ao longo de 20 mints de trajecto, foi só a verdade... a graça é que quem o disse foi o próprio motorista da Carris.
Tudo começou por causa de um bilhete de uma senhora com alguma idade. Ela pediu algumas informações e o motorista apressou a dizer-lhe que ela teria de pagar bilhete na viagem de regresso. Depois de ter pago 2,05€ num bilhete no dia anterior, a senhora ficou escandalizada. Também eu ficaria...O que se passou foi que a vendedora da papelaria não a percebeu, ou fez que não a percebeu, e vendeu-lhe um bilhete mais caro e compatível para a Carris e metro.
O motorista juntou-se aos protestos da senhora, mas não ficou por aí. Apontava claramente o dedo à Carris por não se preocupar em dar formação às pessoas que vendem os seus bilhetes, nomeadamente as das "papelarias, quiosques, supermercados ou tabernas", dizia. O incrível é que o motorista tem razão, mas, infelizmente, isto passa-se com todas as grandes empresas nacionais. Eu ria-me porque nunca tinha ouvido ninguém falar assim tão abertamente. Tenho de admitir que aquele deve ser um dos poucos corajosos que ainda levantam a voz.
Acho lamentável que as pessoas paguem balúrdios por um bilhete e depois nem sejam correctamente atendidas. Esta semana, contudo, não é o primeiro caso. Ambos os lesados disseram que iam reclamar, mas quem garante que depois o dinheiro lhes é restituído? Os vendedores não têm culpa, mas os clientes têm muito menos ainda... Às vezes, estes problemas acontecem por causa de falhas de comunicação, de más intenções ou de má formação... Se fosse comigo, eu passava-me. E vocês?

3 comentários:

Eu acho mal que a Carris permita que os seus títulos de transporte sejam vendidos por pessoas exteriores à empresa... que como é óbvio não têm a formação necessária para tal! Na empresa onde trabalho (que também é de transportes públicos), a venda dos bilhetes é exclusiva aos nossos empregados, salvo em casos de passes/bilhetes combinados que podem ser vendidos pelas empresas com que se está a fazer parceria. Até compreendo que desejem estender a rede de vendas, para facilitar a vida do cliente... mas as pessoas que os vendem têm de ter a formação adequada! Se fosse comigo, reclamava com quem me tinha vendido o bilhete e com a Carris também.

Sabes o que te digo: apoiada!!!!!!!!

A pessoa que apresente queixa e mais nada..
:-)